sábado, 20 de dezembro de 2008

Jornalismo atual e sua relação com o consumo

Atualmente, o jornalismo possui formas de proporcionar interatividade, graças à tecnologia e à internet. A internet possibilita a existência de mais informação, o que pode tanto abranger mais pontos de vista sobre determinados assuntos quanto degradar o caráter informativo, por não controlar a variabilidade das informações, conseqüentemente da veracidade das mesmas. A quantidade de informações acontece devido a grande capacidade para sites. Os jornais impressos migraram para as páginas online, mas, muitas pessoas também podem usar um espaço na internet e forma cada vez mais simples e fácil. Foram criados os Blogs, que já vem até com estrutura pronta. Então, a internet não exige muitos conhecimentos o que leva a muitas pessoas a aproveitá-la para se expressar. Justamente por esse motivo, o jornal impresso perde um pouco da sua funcionalidade, já que o acesso a internet é mais pratico e personalizado, mesmo que continue sendo uma fonte confiável. Entretanto, o jornalismo do jornal impresso vem cedendo espaço à publicidade, comprometendo a seriedade da informação. Afinal, eles deixam de publicar notícias que confrontem as empresas que compram o espaço publicitário do jornal, além de ter menos espaço para expor as informações, que devem ser prioridade.
A possibilidade de ter a informação online faz com que não exista a necessidade de saber das informações pelo jornal impresso. Logo, as pessoas que continuam consumindo muitas vezes não necessitam do caráter informativo, e sim do status social. Quando compram um jornal, elas querem adquirir junto a ele a elegância de receber as informações por um meio tradicional.
Comprometendo o caráter informativo e sério de um jornal, vemos a transformação das notícias em espetáculos. O jornalismo usa o sensacionalismo para atrair mais público. Além de exagerar na informação, usa os acontecimentos que dão mais IBOPE enquanto puderem. Cada vez mais, substituem os jornalistas formados por apresentadores de programas e pessoas carismáticas que não têm necessariamente uma formação acadêmica relacionada à área. E os apresentadores manipulam muito mais do que informam. Logo, o jornalismo perde sua principal característica, a informatividade, para se tornar um produto de consumo, ou seja, algo que serve unicamente para agradar o público e assim ser mais consumido.
O modelo de jornalismo se tornou a ideologia consumista que se expande através dos meios de informação. Ou seja, tornou-se um ciclo. O modelo político norte- americano foi transmitido para outros países através das tecnologias e da globalização, e foi assimilado de forma a mudar o modo como o jornal é consumido.
segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O produto perfeito

Durante as aulas de marketing, além de ficar rabiscando coisas sem sentido no caderno, eu costumo pensar sobre o que a Gorito fala. Foi logo na primeira aula que falamos de bens de consumo e serviços que percebi que existe um produto perfeito: comida.

É, comida mesmo. Claro que o fato de eu ser gordo me auxiliou nesta análise, mas é bem óbvio até. A comida - em suas diversas formas - se encaixa se não em todas, em diversas das categorias de bens, e até de serviços. Vejamos só:

Bem de conveniência: Como vimos, os bens de conveniência podem ser básicos, de impulso e emergência. A comida é os três: é algo básico para sobreviver, pegamos biscoitos e guloseimas no supermercado por simples impulso, e quem nunca comeu um salgado na rua por que estava morrendo de fome?

Bem de especialidade: Características únicas; identificação com a marca; poucos locais de compra. Uma palavra: caviar. Claro que eu não conheço nenhuma marca (que nem o Zeca Pagodinho), mas quem come deve conhecer.

Bens de compra comparados: São aqueles que os consumidores ficam pesquisando dias e dias na Internet sobre qual comprar, comparando qualidade, estilo e preço. Um bom exemplo são bufês. Você não vai contratar o bufê do seu casamento sem pesquisar antes, ou vai?

Bens não-procurados: Até aqui a comida aparece. Bens não-procurados não são... bem... não são procurados, né. Bom, eu não sou demanda para scargot com molho agridoce e banana, e vocês?

Serviço: É aqui na verdade que a comida se destaca mais, por ser um híbrido entre serviço e produto. Suponhamos que vamos a um restaurante. Estamos pagando por um serviço, o de encher as nossas panças. Entretanto, o que recebemos é um produto tangível, tocável, comestível. Dá até para levar uma quentinha depois se quiser. Mesma coisa o bufê que falei ali em cima. Você paga não sei quantos reais e não vê nada até o dia da festa, mas aí você arrebenta na empadinha e salgadinho de salsicha.

Isso me deu uma fome...
sábado, 13 de setembro de 2008

Resumo de Marketing

Olá!

Estava estudando marketing, e fiz essa organização das minhas anotações do caderno. Eu não tenho a apostila para poder comparar, mas de forma bem básica é isso aí que ela falou até agora. Espero que ajude alguém ^^


Marketing é o estudo de mercado e pode ser feito tanto para produtos quanto para serviços. “Ele é ao mesmo tempo, uma filosofia empresarial, um conjunto de técnicas, uma arte, e uma ciência. Como ciência, recebe influência de outras disciplinas.” As características dos serviços são:

1. Intangibilidade -> Ele não tem nada de concreto.

2. Variabilidade-> O serviço não é padronizado.

3. Perecibilidade-> Depois que o serviço é recebido, não existe mais nada.

4. Inseparabilidade-> As pessoas não separam os serviços de quem o executa.

Conceitos centrais do marketing:

Mercados >> Produtos/ofertas >> Valor>> Satisfação>> Troca/transação>>Relacionamentos

Mercado é a demanda. Ou seja, as pessoas que querem determinado produto. Então, o produto é oferecido a elas e existe um valor, que não é o preço, é aquilo que está agregado ao produto/serviço e que faz a pessoa se interessar. Se a pessoa está satisfeita com o produto, ela o compra.

O primeiro passo do marketing é analisar o mercado para ver se existe um grupo de pessoas interessadas em algo o suficiente para serem consumidoras.

A diferença de troca para transação é que a troca é instantânea; direta. A transação pode ser considerada uma troca estendida porque tem mais etapas.

Necessidade X desejo: Necessidade está relacionada ao fisiológico, a aquilo que é primário. Desejo é quando você tem a vontade de possuir algo específico para satisfazer a sua necessidade.

No marketing, qualidade é definida como a total ausência de defeitos.

Quanto à concorrência, existem duas teorias: ou o concorrente pode ser considerado aquele que possui o mesmo tipo de produto, com a mesma qualidade e que quer atingir o mesmo público. Ou então, tudo pode ser considerado concorrência se levarmos em conta o ticket médio (o dinheiro que sobra para os gastos supérfluos). Todas as empresas desejam o mesmo dinheiro do cliente.

Demanda -> é a vontade de possuir paralela à quantidade/capacidade financeira para adquirir. A demanda pode ser:

1. Negativa: sabe o que é o produto, mas não o quer. Como se fosse um preconceito;

2. Inexistente: Não percepção em relação ao produto;

3. Latente: O público já está interessado e esperando pelo produto;

4. Declínio: Perdendo clientes;

5. Irregular: muita procura em alguns momentos e pouca em outros. Diz-se que a demanda é sazonal;

6. Plena: Ideal e constante. Atendimento com perfeição;

7. Excessiva: porque não há capacidade de atendimento, passando uma má imagem. Aí se fala em Demarketing, fazer, de forma educada, com que as pessoas não queriam enquanto não puder atendê-las!

8. Indesejada: “não era o tipo de demanda que eu queria”. A solução é mudar o target ou entender porque atraiu um público diferente.

O Marketing possui muitos “P” para defini-lo, mas os quatro principais são:

1. Produto: ofertas, qualidade, design, características, marca, embalagem,...

2. Preço: descontos, prazos, lucro,...

3. Praça: canais, distribuição, estoque, transporte,...

4. Promoção: publicidade, propaganda, relações públicas, vendas,... (entenda essa “promoção” como o ato de promover o produto, e não baixar o preço)

E existem 4 “C” relacionados aos 4 “P” acima:

1. Cliente (produto)

2. Custo (preço)

3. Comunicação (promoção)

4. Conveniência (praça)

Com o passar do tempo o marketing teve que se adaptar, porque o cliente mudou. Com a evolução dos meios de informação, o consumidor sabe distinguir o que é bom. Ele quer a melhor qualidade, com o menor preço. Antigamente, as pessoas não faziam pesquisas de preço: comprava o produto quem tinha dinheiro e quem não tinha nem procurava saber.

O consumidor de agora também busca facilidade na hora da compra e o máximo de recursos possíveis. Eles também estão dispostos a experimentar produtos de diferentes marcas, uma vez que eles não notam a diferença entra as marcas; preferem aquela que tenha uma vantagem, alguma coisa a mais para oferecer.

O cliente agora aceita e procura o genérico, diferente de antes, que havia preconceito quanto à qualidade de um genérico.

A fidelidade com o fornecedor diminuiu, tanto do cliente à marca, quanto da empresa ao fornecedor. São coisas agora substituíveis.

Os bens são classificados em:

¨ Bens de conveniência

Ø Compras com freqüência e imediatamente

Ø Preço baixo

Ø Muitos locais para a compra

Ø Incluem:

§ Básicos

§ Bens de impulso

§ Bens de emergência

¨ Bens de compra comparados

Ø Compra com menos freqüência

Ø Obtém informações sobre o produto

Ø Menos locais de compra

Ø Comparam:

§ Adequação

§ Qualidade

§ Preço

§ Estilo

¨ Bens de especialidade

Ø Esforços extras de compra

Ø Características únicas

Ø Identificação com a marca

Ø Poucos locais de compra

¨ Bens não procurados

Ø Inovações

Ø Produtos que o consumidor não pensa em comprar

Ø Necessitam de muita propaganda

Ø Apoio da equipe de vendas

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Texto da aula do Fabio

Semana passada, após a enxurrada de gafes nas redações, o Prof. Fabio elogiou alguns textos, dentre eles o meu e da Leire. Então, aproveitando que o blog está às moscas, vou postá-lo abaixo. Divirtam-se!

Cabo Frio, 19 de agosto de 2008

Caro Joaquim,

Recebi recentemente a carta que me mandou, na qual anexou alguns recortes de jornais brasileiros com notícias negativas sobre esta linda Terra de Santa Cruz. Pois digo que pretendo convencê-lo do contrário até o final desta carta.
Como primeiro argumento, gostaria de citar o sensacionalismo da mídia brasileira. Afinal, todos sabem que felicidade não vende jornal. O que eles (os responsáveis pelas notícias) querem é nos induzir a comprar aquele jornal para saber mais. E para isso precisam sobressair-se, é claro. Nada melhor que desgraça e letras garrafais para atrair um leitor, não é?
Entrando em meu segundo argumento - que sustentará também o terceiros -, aponto o caráter informativo das notícias em questão. São literalmente informes feitos por brasileiros para outros brasileiros lerem. Se falta luz nas escolas, é de interesse dos pais, alunos e professores envolvidos nessa situação. Alguém de fora deve achar isso uma absurdo, mas para uma pessoa que convive com esse fato, não passa de figurinha repetida.
Agora apresento o terceiro dos meus argumentos: redundância. As manchetes anexadas são até engraçadas de tão bobas. O caso da luz e do telefone em escolas, por exemplo. Isso é um problema administrativo de São Paulo apenas, e instalando uns fios e canos é resolvido. Dizer que metade dos eleitores não tem o primeiro grau é bem impactante. Só que não cita que aqui a votação é eletrônica, então, eles são todos eleitores que sabem operar um computador, mesmo que seja para votar, apenas. O mesmo acontece com os casos de doença e miséria. O Brasil é um país de dimensões continentais. Vinte e cinco milhões não enchem nem a torcida do Flamengo, e é óbvio que vamos ter mais casos de dengue, afinal, temos mais gente para pegar!
Sei que não preciso lembrar as belezas das terras tupiniquins. Portanto, apenas tentei rebater os argumentos contrários que apresentou. Claro que foi tudo uma brincadeira, evidentemente, principalmente o argumento de número três. Todos têm problemas, Joaquim... mas as brasileiras não têm bigode! Pense bem nisso, meu caro.

Do seu amigo,
Igor S. Moreno
quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Nunca é tarde para postar de novo!

Aloha! Como vão, pessoas? Entendo que todos estão empolgados com o fim das férias e que, por causa disso, estão vibrando para começarem as aulas e os estudos. É que ao menos eu me sinto motivado. Faz muita falta ver a Natasja gritando no fundo da sala, sabe? UHAUHASIHAOAHU. Brincadeirinha. Andei lendo o blog e resolvi postar! Hehe. A Madonna vem pro Brasil em dezembro e já até selecionou as músicas que cantará na turnê. Que emoção *-* Madonna é Madonna... Madonna dispensa comentários!

E essa ao lado é a Björk. Dãããã! Como se ninguém soubesse. Ela é cantora, atriz e até dança. Acho incrível. Mas tem um lado humanista muito apreciado pelos alternativos, salvadores da natureza, pacifistas, indies e adjacências. E os indies evoluíram pra From UK - achei podre, então estão fora. O último CD dela veio recheado de músicas loucas com gritos e sons tribais mesclados a poucas coisas do industrial. A gente nunca espera algo comum vindo dela, e a minha música favorita do CD intitulado "Volta" é Earth Intruders. A-do-rei. E o filme dela, para quem ainda não assistiu, se chama Dançando No Escuro.


O longa é do ano de 2000. E, como era de se esperar, não foi mostrado no cinema brasileiro. É uma pena, pois eles colocaram aquele filme podre dos meninos com as pipas e deixaram de exibir este que, para mim, é muito mais do que cult. A história é sobre uma imigrante chamada Selma que, em 1964, sai do Leste Europeu com o filhinho pra morar nos EUA. E ela tem uma doença terrível que a faz correr o risco de ficar cega - e a disfunção é hereditária, o que infelizmente afeta o filho também. Daí ela apela para os musicais como meio de arranjar dinheiro pra cirurgia do garoto. Como é cantora e muito aparece na TV, Björk encarou uma responsabilidade muito grande que foi a de tentar se mostrar, integralmente, como a Selma no filme - e não como Björk. Do começo ao fim, nessa obra do cinema, eu simplesmente não lembrei da imagem dela como sendo a da Björk Gudmundsdóttir. Eu acreditei plenamente em seu papel. Ela passou uma mensagem tão linda para mim e eu achei muito legal compartilhar. Eu achei que o final foi um pouco cruel, mas realmente vale adquirir o filme ou pegá-lo pela internet - leva menos tempo e consome menos dinheiro. É uma história de superação e tragédia.
Não vou contar tudo, então vocês deverão assisti-lo. E vale ressaltar que, além do difícil encargo de encarnar a personagem, Björk ainda teve de cantar e dançar as músicas que o diretor queria e do jeito que ele queria. Então, como diretor, ele foi cruel tanto na história quanto na direção das gravações. O filme também pode parecer um pouco maçante, pois não tem tanta ação e é longo - por isso tem o nome de longa-metragem. A paciência faz-se necessária, mas a recompensa é muito satisfatória e valiosa. Com poucos recursos ela conseguiu fazer o mundo acreditar na personagem Selma. E eu realmente não vi nada tão verdadeiro, parecia até uma história real com pessoas vivendo daquela forma. Sim, eu chorei. E chorei MUITO!

Ah! O filme todo foi registrado em uma simples câmera digital. Incrível, não? O dinheiro pode fazer muita coisa, mas com uma câmera digital ele levou o filme para Cannes, ainda agregando ao título um Globo de Ouro. Depois disso tudo eu consegui convencer vocês?! Espero que sim. Gente, vale a pena assistir. As cenas dos musicais são emocionantes e as imagens são excelentes. Pra quem quer não só ver o filme pra entender a história e os diálogos, Dançando No Escuro é um prato cheio de pura arte. Qualquer pessoa com gosto pra cinema vai me entender ao fim do filme. Vale a pena. O diretor é Lars Von Trier, o qual dirigiu a obra cinemática Dogville. Catherine Deneuve também participa deste filme maravilhoso e eu recomendo, de corpo e alma. Assistam mesmo!
Beeijos ;*
sexta-feira, 1 de agosto de 2008

BACK TO THE MOVIE ROOM

Galeeeeeera, que saudades! Bom, como to sem nada pra fazer, vo dar uma postada aqui sobre cinema (voltando ao assunto), já que os filmes foram as coisas mais presentes nas minhas férias. Sinceramente acho que o dono da Nippon comprou um tênis novo às minhas custas! Mas então, vim destacar 3 filmes aqui:

JUNO

Cara, não tinha visto esse filme ainda, e confesso que na época da premiação do Oscar, fiquei meio com um pé atrás sobre o filme e sobre a guria que o protagoniza, a Ellen Page. Não via razões pra uma menina tão nova ser indicada pra melhor atriz e a sinopse do filme me pareceu meio boba. Enfim, nessas férias, dei o braço a torcer e fui assistir ao filme. Na boa, é simplesmente um dos melhores que eu já vi. O filme é bem simples, sobre uma adolescente de 16 anos, 'nada convencional', diga-se de passagem, que engravida de um amigo da escola. O que dá um toque especial no filme (além da atuação da Ellen Page que é SIMPLESMENTE MUUUUITO BOA) é o 'fundo moral', ou o 'lado mais sensível' da história, como quiserem chamar. A questão é que essa menina, que no começo do filme era meio descaralhada da cabeça, vai passando por experiências que são além do seu 'grau de maturidade', e pra enfrentá-las ela se aproxima cada vez mais da família, dos amigos e de si mesma. Legal também são os dois 'namoradinhos' (A Juno e o pai do filho dela), no final cantando juntos Anyone Else But You.

O ÚLTIMO REI DA ESCÓCIA

Olha, sobre esse filme, não sei se quem já viu vai concordar, porque é um filme mais ou menos histórico e muita gente não gosta, bla bla bla...O que eu sei é que eu adorei o filme. Ele conta, pelos olhos de um médico escocês, a história do ditador Amin, que governou Uganda lá pelos anos 60/70. É um filme passado na África que retrata bem o que acontecia no continente inteiro naquele momento histórico, que era uma 'neocolonização' por parte dos europeus (ingleses e franceses, principalmente), através de líderes carismáticos africanos (como nosso amigo Amin), e como isso só trouxe ódio e desgraça pra África, que perduram atéeeee os dias de hoje. Vale a pena ver, e outra: o negão que interpreta o Amin mandou MUITO bem também!

ANTES DO PÔR-DO-SOL

Na verdade, esse filme eu revi. É disparado meu filme preferido, então o vi pela quarta vez, hahahhah. Esse filme foi escrito e tem como protagonistas Ethan Hawke e Julie Delpy, que apesar de desconhecidos são excelentes. Bom, o filme é uma continuação do filme Antes do Amanhecer, que foi feito em 1995 e eu acho bom, mas meio aboiolado! Enfim, Antes do Pôr-do-Sol trouxe uma linha MUITO mais madura que o primeiro filme (que era sobre dois adolescentes apaixonados). Antes do Pôr-do-Sol, que foi feito 9 anos depois, em 2004, já mostra o casal do primeiro filme adulto, e enfrentando problemas comuns na vida. Ela mora na França e ele nos Estados Unidos, e eles se encontram em Paris, 9 anos depois do primeiro encontro (o legal é que os dois filmes foram feitos nas datas exatas hahahah). Aeeee, o filme INTEIRO é um diálogo, e tem gente (Roy) que vai falar que é um saco, monótono ou homossexual...que seja! Na verdade, se tu prestar beeeem atenção nos diálogos tu vai refletir sobre muuuita coisa na vida. Ou seja, o filme é um 'bate-papo sentimental/intelectual, que tem Paris como plano de fundo.

Será que foi só por isso?

Estou acompanhando o homicídio cometido contra a estudante de intercâmbio inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, desde o primeiro dia em que o crime foi noticiado na televisão. É claro que estou mais do que abismado com isso. Certo! O garoto confessou o crime e, por mais sério que tudo tenha sido, confessar um crime sempre é melhor do que deixar que descubram tempos depois. Mas eu fiquei imaginando o que levou o garoto a fazer coisa do tipo. Duvido muito, mas muito mesmo, que ele tenha esquartejado a garota somente por uma ameaça ridícula como essa. E também temos de convir com uma coisa: ela deveria ter se distanciado dele desde o primeiro dia em que o viu. Que tipo asqueroso é aquele com um rostinho de delinqüente juvenil tão nato? Estou em choque com a inocência de Cara, sinceramente.

Mas então ele confessa tudo e conta que o fez por ter sido ameaçado pelo fato de ser usuário da droga em questão. Poupem-me, mas isso não é um motivo tão grave pra ele ter feito o que fez. Pode ser que ele tenha cometido um crime mais hediondo que esse e, na tentativa de fazer com que ela não espalhasse a notícia, o famigerado matou-a sem nenhum critério. Ou então ele deve ter entrado em uma discussão com a garota e, por um acidente, acabado com a vida dela. Então, para encobrir, ele trucida o corpo da jovem e joga os pedaços homeopaticamente ao vento para caírem na água.

E se ela tivesse sido mais fria e sensata para com essa situação também poderia ter dito que manteria segredo e, na oportunidade que lhe fosse dada, contataria à polícia, à mãe do garoto, aos próprios pais, à Hebe, à Cicarelli ou a quem ela mais tivesse confiança. Acho que em momentos de medo e nervosismo ninguém pensa nisso, infelizmente, mas possível foi. É ótimo que essa gentalha pratique crimes contra estrangeiros, é muito bom. E isso ironicamente, é claro. Quem agora vai querer aparecer por aqui? Ao menos por uns tempos as pessoas vão cancelar suas viagens ilusórias pros lençóis maranhenses ou pras praias de Balneário Camboriú por medo de sofrerem e morrerem como Cara. É por isso que o turismo daqui é um lixo. Tem gente que é muito idiota de insistir em viajar de tão longe para cá! Que perigo, gente. Ainda mais pra ficar na casa de um garoto com o qual você pouco teve contato na vida. É um total absurdo! Ela estava tão bem por lá ao lado dos colegas, das amigas, dos amigos, da família e daquele monte de garotos de bochechas rosadas pra chegar aqui e ser morta? Antes tivesse ficado por lá mesmo.

Ela queria o quê em um país aonde há até contravenção quanto ao voto, o qual é obrigatório? Assaltos, fome, gente morrendo, tiroteios, prostituição, mortalidade, lotação de ônibus, mais gente feia que bonita e ruas horrorosas atraem turistas? E as moradias miseráveis, o desemprego, a violência sexual e tantas outras sujeiras? Corrupção, latrocínio, homicídio, genocídio, estelionato e todos os outros “ídios” e “atos” presentes em nossa pátria amada fazem de nós uma terra terrivelmente instável para o turismo. Eu acredito que, em muitos lugares do Brasil, ainda não existe um suporte seguro e estável para investimento de fora. É tudo muito arriscado.

Odeio ter de ficar em casa pelo fato de não confiar nas pessoas ao lado dentro de um ônibus, perdendo assim uma festa badalada. Odeio ter de confiar menos nas pessoas. Detesto não poder andar sozinho na rua e não suporto ter de me isolar socialmente pelo fato de não ter um carro próprio. Maldita antipatia que peguei da violência e do país aonde ela se repercute. Eu agora sei muito bem o motivo de alguns pais serem protetores demais. A garota saiu de um lugar tão bom, veio para cá e foi morta por um garoto com quem iria se casar. Ah! Cuidado nunca é demais. Então nem eu posso mais reclamar de proteção familiar. Acho é muito bom. Muito bom!

E é bom ver que esse marginal não é rico o suficiente, pois então ele já fica preso pra aprender a lição. Se o soltarem da cadeia vai ser muita palhaçada, afinal já basta ter visto aquele ex-doutor e tantas outras pessoas criminosas sendo soltas. Depois do caso da Isabella Nardoni eu quase fiquei desacreditado com a justiça brasileira. Vamos ver por quanto tempo ele fica aprisionado. Quem aí quer fazer uma aposta? Não perdemos nada esperando! Não mesmo. Apenas ficamos cercados de gente imunda sem sequer termos o conhecimento de muitas delas. Quem deveria estar preso realmente não está. E espero que a polícia investigue melhor esse caso, essa história está muito estranha. E volto a repetir: será que foi só por isso? O assassinato foi motivado por uma coisa tão boba? Torço para que descubram mais coisas.

Chore galáxias, Mohamed. E apodreça na prisão.