domingo, 15 de junho de 2008

Texto #1 - By Thales

Eu adoro reclamar, e de tudo! Como hoje quis escrever sobre assuntos que para alguns podem ser considerados como diferentes (talvez pelo fato de até eu, algumas vezes, achar que só sei sobre meu condicionador), comecei pensando de forma livre. Além disso, andei lendo textos inseridos nessa enorme blogosfera que possuímos atualmente no Brasil.

Começo pelo texto publicado por Walcyr Carrasco, no dia 11 desse mês, que falava sobre hipocrisia e maconha. E foi exatamente como ele falou: não se resolve o problema do tráfico e do uso do entorpecente em questão com hipocrisia. Não vou reprovar ninguém por ter fumado, algum dia, um baseado (apesar de eu mesmo não ser um fã adicto). Mas ele pecou, e muito, ao deixar bem claro que é favorável à descriminalização da erva.

Não sei se sou pouca coisa para criticar uma pessoa tão consagrada, como escritor e redator, mas ninguém deveria ter o direito de abusar dos efeitos dessa vilã social. E é vilã sim, de forma realmente triste, pois a gente recebe em mãos, de forma segura e rápida (com direito a desconto, caso vejam beleza em você!), um baseado, muitas vezes sem ter a remota idéia do perigo que os “entregadores” da droga passam. Também não vou entrar aqui em uma questão de importância etária ao dizer que crianças valem mais que adultos, pois eu mesmo já vejo que qualquer vida é importante – e talvez por isso eu seja contra o aborto feito por motivos movidos pela estética e pela irresponsabilidade.

Mas voltando ao ponto, muita gente sabe que nenhum traficante “bam-bam-bam” se entrega ao desprazer de levar suas mercadorias para o consumidor. Então entram aí as crianças, um tanto quanto inocentes, e os adolescentes, iniciados desde cedo no crime. E independentemente da importância que se dá à não importa qual idade, é um risco que a pessoa corre. Talvez por vivermos dentro de uma cúpula quase impenetrável (ainda que tenhamos convivido ou convivamos com a violência), sobre alguns assuntos nós sabemos, algumas vezes tendo até domínio sobre os mesmos, mas sobre outros nós simplesmente esquecemos ou deixamos passar em branco. Tem gente por aí que morre para o “zé-povinho” se divertir. Mesmo que muitos entreguem as drogas para comer no McDonald’s e outros sejam obrigados a fazer isso, todos correm os riscos de morrerem.

Agora cada um escolhe, não é? Plantem seus próprios pés e vendam nos bairros bons, ou continuem comprando. Criminalizar isso é um passinho básico pra meter medo, não acham? É vendo essa gente morrendo, bandidos do tráfico sendo presos e todos os problemas sociais que o brasileiro – em geral – cai na real e deixa de lado esse tipo de coisa. Vai jogar um Second Life da vida, um futebol, um Mario Bros ou um truco! Dê uma conferida na “Mulher Melancia” nessas revistas de mulher nua ou simplesmente leia um livro. Não custa muito e sai mais em conta, se comparados aos preços da maconha (dos quais fui condicionado a acreditar que não são assim tão baratos).

Não vou negar que Walcyr escreve bem. O texto dele me fez refletir, e muito (se duvidar, alguma coisa pegou fogo). Aquele filme com a linda atriz que fez Queridinhos da América simplesmente abre uma brecha enorme para diversas opiniões quanto ao tráfico (e também ao uso da droga), e foi ótimo ele ter colocado a referência do mesmo no próprio blog. E graças ao senhor Jesus Cristo e ao seu “sangue poderoso” não foi certo colunista da Veja que escreveu sobre o tema. Se vocês duvidarem, essa pessoa encontra, até em assuntos como desfiles cariocas, um motivo pra falar mal dos petistas e de Lula. Eu não sou petista e nem “lulista”, mas uma sábia amiga minha agradece de pés juntos pela bolsa que o PROUNI deu a ela (e, diga-se de passagem, a bolsa foi muito bem empregada). Além disso, não acho balela o programa do PAC. Só reprovo um pouco a síndrome de Pollyanna que o Lula tem para com seus ministros e todo o resto, mas pela história que ele possui e toda a sua competência, eu não deixaria nenhum Collor ou Maluf voltar a dar o ar da graça pelas bandas do governo brasileiro.

É a ignorância que faz alguns brasileiros serem o que são. Temos que saber dos assuntos e devemos discutir sobre os mesmos. Não é nem pensando através de um panorama religioso, doutrinário ou aberto a mudanças externas que eu escrevo e falo dessa forma. Acho que não é só uma questão de opinião. A opinião vale pra muita coisa, mas pra isso ela já deveria estar formada e sem chances de ser mudada. Até pra saúde faz bem que se evite o uso desse tipo de droga. Acho que a alegria da vida – de forma brega, mas verdadeira – é curtir sobriamente o que se passa ao redor. Uma droga que manipula a realidade simplesmente não substitui o seu primeiro beijo, seu primeiro emprego, a primeira relação sexual, o primeiro carro, o primeiro casamento (ou a primeira pensão alimentícia, pra alguns) e todas essas coisas que fazem das pessoas mais felizes. Façam da vida de vocês o que acharem ser correto, eu não dou palpite. Por mim, a maconha deveria sim continuar a ser criminalizada. É o que eu acho.

3 comentários:

soltandooverbo disse...

Concordo e discordo.
Mas tenho preguiça de digitar, e essa gripe não me ajuda em nada. Portanto, vamos depois conversar sobre?

E ah, amei a sua forma de escrever Thales.

Anônimo disse...

ahhh sua amiga do PROUNI sou eu por acaso??

OIHEoHOIE

Anônimo disse...

UAHUAHAUAHUAHUA
De repeeente abortou, né?